DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
SENHORA DO SILENCIO
Mãe do Silencio e da Humildade, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do mistério do Senhor. Estás dentro de Deus e Deus dentro de ti. O mistério total te envolve e te penetra, e te possui, ocupa e integra todo o teu ser.
Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nessa terra uma mulher tão inefavelmente evocadora.
Teu silencio não é ausência, mas presença. Estás abismada no Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná.
Faz-nos compreender que o silencio não é desinteresse pelos irmãos, mas fonte de energia e de irradiação, não é encolhimento, mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se.
Envolve-nos no teu manto de silencio e comunica-nos a fortaleza de tua fé, a altura de tua esperança e a profundidade de teu amor.
Fica com os que ficam e vem com os que partem.
Ó Mãe Admirável do Silencio!
BALADA DO VENTO
O vento é livre e solto como os animais,
É o companheiro fiel de nossas vidas.
Vento que embala os coqueiros,
Dá força as velas que navegam nos mares.
Vento que as flores embala nas primaveras,
Vento que encrespa as ondas do mar.
Vento que embala sonhos impossíveis,
Arrasta correntes e correntezas, quimeras.
Vento que forma as dunas de areias
Desliza como águas cristalinas.
Vento do mar, da terra, do norte e do sul,
Vento que traz pensamentos e sereias.
Vento das tempestades e das noites de luar,
Vento e ventania dos vendavais de verão,
Enchem de medo e agonia os corações.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
SE EU PUDESSE VOAR
Se eu pudesse voar atravessaria o mundo em busca da terra do nunca.
No caminho entre auroras e luares, daria um voo rasante até as montanhas do coração do Maciço de minha terra natal.
Sei que enfrentaria frio, calor e as intempéries dos climas diferentes, mas passearia entre as flores, entre os bambuzais, os canaviais, os ipês floridos, descobriria os segredos dos pássaros e de muitos animais.
Ah Minha terra! Eu voaria sobre seus montes cheios de corredeiras, onde a água cristalina escorre límpida e saborosa, os regatos escondidos no meio do mato, onde choram os pássaros e nos surpreendem a todo instante, ou desceria nos vales verdes só para sentir o teu cheiro de mel de abelhas, e me perfumar com teus perfumes exóticos e inesquecíveis!
Voaria ao topo da matriz de minha cidade, onde moram as andorinhas para fazer uma prece. Pousaria na estátua de Nossa Senhora de Fátima lá no alto do morro onde os fiéis vão sempre agradecer seus pedidos, ou para fazerem orações.
Na torre do cruzeiro, em frente a Igreja matriz de Nossa Senhora da Palma eu rezaria uma oração ao meu Jesus crucificado que de braços abertos abraça minha linda cidade, capital do Maciço, Baturité, no coração do Nordeste Brasileiro, pelo seu povo sofrido, pelas pessoas que devotamente amam ao Filho de Deus nosso Senhor!
A minha viagem seria maravilhosa, pois do alto voltaria a ver minha antiga casa onde passei toda minha adolescência, rodeada de rios e de canaviais, de pedras e de gente simples e acolhedora. Beijaria seu chão onde fui feliz e aportaria de vez dentro dela.
domingo, 5 de janeiro de 2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
Uma Volta Ao Passado Viajo a minha terra
Dou um novo voo ao passado,
Em cada canto,
em cada rua,
em cada igreja vejo minha mãe!
Lembro-me de meu pai,
Meus irmãos ainda jovens...
Na praça, à noite,
Sentí o vento bater em meu rosto,
desalinhar meus cabelos,
Olhei para o céu e para todos os lados
Para saber de onde vinha aquele perfume de flores,
em cada canto que eu passava.
Ouço o apito do trem, será alucinação?
Maria Fumaça está lá no seu lugar!
Volto ao passado mais distante,
Lembro-me da minha Igreja da Matriz
onde fiz minha primeira comunhão e me casei.
Tenho saudades de tudo, coisas simples...
Meu amado colégio, minhas professoras,
Minha farda azul de pregas bem batidas, até o tornozelo,
camisa de mangas compridas, farda de gala,
boina azul da cor da saia, gravatinha, sapatos pretos bem limpos.
Adolescente, sacrifício para ir às tertulias ou as festas.
O clube que eu amava, BAC, Baturité Atlético Clube!
Conhecí meu amor, O amor da minha vida!
O pai dos meus quatro filhos.
Sinto saudades de tudo!
Até da água doce, saborosa que eu bebia!
O fogão à lenha de minha mãe, sempre quentinho!
O cheiro do café, da rapadura e mel.
Volto ao passado e mergulho em tudo,
até no rio que tomávamos banho em tempo de férias.
Despertei para o amor, casei-me na Igreja,
Tive quatro filhos naturais da minha terra.
Como fui feliz, até Deus mudar meu destino.
Agora acordo de um longo sonho de outrora,
Sinto o meu presente, cheguei aqui,
Não tenho de que me queixar,
Amo meus sete netos!
Sou feliz, em tudo e em todos os momentos.
Sinto a presença de Deus meu maior amigo!