DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A CASA DA MINHA INFÂNCIA

A CASA DA MINHA INFANCIA



Gracinda Calado

Olhando o seu retrato, volto a pensar os dias felizes que junto dela  passei. Seus arvoredos me falavam de natureza madura, pura , singela, que falava aos passarinhos, e se entregava toda inteira aos pardais. Vejo seu telhado antigo, desbotado do tempo e dos ventos, inspiravam tranqüilidade e segurança.

Pela manhã no jardim, rosas se abriam como sorrisos de alegria, enquanto os beija-flores ansiosos chegavam para sugar o mel em competição com as abelhas. A força do colibri parado no ar me causava admiração, e as abelhas zumbindo em forma de círculos me deixavam tonta.

Quando olho sua fachada antiga, lembro-me dos casarões da minha cidade, e as ruas enfeitadas de benjamins, suas avenidas ajardinadas e as ladeiras que não me cansava de subir e descer, ora para ir ao colégio, ora para ir à Igreja, ou passear na cidade!

Os jacarés que derramavam água como animais de bocas abertas, encravados na fachada da frente, eram divertimentos nos dias de chuva, onde a criançada disputava um lugar debaixo de cada boca de jacaré para sentir o gosto da chuva caindo em suas cabeças.

Parece que estou ouvindo as palavras de minha mãe chamando para trocar de roupa, ou escovar os dentes, fazer os deveres de casa, sentar à mesa que já era hora de almoço ou jantar. Meu pai gostava de cortar canas e descascá-las para nós, parecia uma festa, ainda ouço o ranger dos dentes de cada um sugando o mel da garapa da caiana.

Na sobremesa era indispensável as frutas do sitio: cajaranas, mangas, bananas, sapotis, atas e muitas outras de época.Felizmente soubemos aproveitar todas as qualidades de vida que a natureza nos presenteou em nossa convivência naquela chácara.

Falei das flores e dos frutos, não podia deixar de falar dos caramanchões que cercavam as laterais da nossa casa. Brincávamos debaixo deles como se fosse o nosso paraíso! Tinha acácias vermelhas, trepadeiras amarelas e florzinhas lilases que não me lembro o nome.

Casa velha, que ainda recordo o meu sono na rede, armada no alpendre do lado. Nela sonhei com pardais, com coqueirais, com o mar, com as praias lindas do meu Ceará e hoje estou aqui vendo o mar e com vontade de voltar para a minha casa antiga na minha linda cidade de Baturité!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

VEREDAS DA SERRA


(Gracinda Calado)




Quem vai a Baturité subindo a serra, depara-se com uma vista maravilhosa!

O desfiladeiro das montanhas se estende formando uma cadeia de verde de todas as tonalidades.

O caracol das estradas oportuniza a gente deslumbrar os caminhos que passamos além das belezas tropicais entre os frutos e as flores que enfeitam as estradas.

Quanto mais subimos a serra mais vistas espetaculares se descortinam em nossa frente.

Aqui e acolá quedas de águas transparentes saltam aos nossos olhos como véus de noivas. Continuando a subir a serra, encontramos vendedores de frutas nas estradas vendendo seus produtos: siriguelas, sapotis, cajaranas, cajás, mangas, laranjas, tangerinas, bananas, jacas, enfim uma variedade enorme de frutas.

Várias mansões aparecem como também clubes e hotéis de veraneios. O ponto alto é Remanso hotel de serra, a pousada das flores e outras.

Algumas pousadas se instalam no meio da serra, em lugares de difícil acesso, em contato permanente com a natureza, lá se pratica ‘trilhas’ e a mata é muito fechada.

Encontramos sítios e canaviais que fabricam aguardente e outras bebidas.

Na região dos canaviais encontramos engenhos onde se fabrica rapadura, alfenim e melaço. Dizem que agora já exportam esses produtos para vários países, com sabores e essências de frutas.

Às margens das estradas, dezenas de restaurantes oferecem os mais saborosos pratos da região, frutas e verduras fresquinhas ao mais exigente paladar dos fregueses, enquanto saboreiam os mais deliciosos vinhos e aproveitam o ar puro e o clima de 17 graus.





sexta-feira, 17 de maio de 2013

ÁS AVÓS (PARA MINHA AVÓ GRACINDA COM TODO O MEU AMOR, NO DIA DE SEU ANIVERSÁRIO, 9 DE MAIO DE 2013 . SUA NETINHA KAMILLE CALADO)


CADA RUGA TUA REPRESENTA UMA HISTÓRIA,

E SÃO TANTAS!

QUANTAS EXPERIÊNCIAS,

QUANTAS HISTÓRIAS PARA CONTAR

QUANTOS CONSELHOS PARA DAR,

QUANTA PACIENCIA PARA NOS SUPORTAR,

ESQUECEM A SUA VIDA, PARA VIVEREM A NOSSA,

SEMPRE CHEIAS DE ATENÇÃO,

DE CARINHO, DE AMOR.

UMA ADVOGADA NA NOSSA VIDA
MEDIADORA NAS NOSSAS DECISÕES;

VOCÊ É O MEIO TERMO,

O EQUILÍBRIO,

A PALAVRA DE ESPERANÇA,

O COLO QUE ANINHA,

O OMBRO QUE APESAR DE CANSADO APOIA

O OLHAR DE COMPLACENCIA,

O OÁSIS DA SEGURANÇA QUE APLACA A SEDE,

E ALIMENTA O CORPO.

VOCÊ É TUDO DE BOM E DE BELO,

MINHA AVÓ QUERIDA!

SANDRA MAMEDE

PARA MINHA MÃE!



GRACINDA CALADO

UMA MULHER EXISTIU QUE MARCOU A MINHA VIDA,!

QUE ME ENSINOU A REZAR E A FALAR DE DEUS!

NAS HORARS MAIS DIFÍCEIS CURVAVA-SE AO CHORO DOS SEUS FILHOS,

QUE NA SUA INOCENCIA NEM IMAGINAVAM A DOR DAQUELA QUE LHE CUIDAVA, E LHE PREPARAVA PARA A VIDA: MINHA MÃE! SACRÁRIO VIVO DE UMA VIDA DOADA DIA E NOITE, TODAS AS HORAS, TODOS OS DIAS, TODOS OS MOMENTOS, SEMPRE RODEADA PELOS QUE DELA PRECISAVAM..

QUANTAS NOITES ESTA MULHER CHORAVA, QUANTAS NOITES ESTA MULHER CANTAVA PARA EMBALAR OS FILHOS PARA DORMIR, QUANTAS NOITES ESTA MULHER CAMINHAVA SOLITÁRIA PELA CASA TODA, PARA VELAR PELOS QUE ESTAVAM DOENTE, COM FEBRE OU COM FRIO.

ERA AQUELA QUE IA DORMIR MAIS TARDE E ACORDAVA MAIS CEDO, PARA PREPAR-LHE O MINGUAU.

QUANTAS VEZES ELA CHEGAVA DE MANSINHO, FALANDO BAIXO, PEDIA-ME PARA SEGURAR O IRMÃOZINHO QUE CHORAVA ., ENQUANTO ELA PREPARAVA-LHE O MINGAU OU A PAPINHA.

AH! MINHA MÃE SE EU SOUBESSE NAQUEE TEMPO O QUE APRENDI AGORA, TE COLOCARIA NUM ALTAR DE FLORES E DE LUZ, AOS PÉS DA MÃE DE JESUS!

Sonho contigo e sei que me proteges, como sempre fizeste em nossas vidas.

Em cada canto de nosso coração pulsa ainda um carinho, uma emoção um sentimento chamado amor!

Tua bênção minha mãe!