DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

VELHAS ÁRVORES DA MINHA TERRA

GRACINDA CALADO

“Olhem estas velhas árvores à beira do caminho!”

Elas estão sempre ali levando o tempo,

Protegem os pássaros das procelas da vida,

São elas que à noite os protegem do frio intenso,

E durante o dia dão seus frutos como alimento.

Velhas árvores, já sofreram tantos vendavais,

Árvores velhas, mais que belas;

Suas folhas verdes cheias de oxigênio

Embelezam suas copas nuas tão viçosas!

Árvores que acolhem os viajantes distraídos,

Oferecem suas sombras carinhosas,

De suas copas tão lindas e frondosas

Árvores amigas e tão esquecidas!

Árvores vivas, quase mortas,

Ninguém abraça mais seus galhos,

Que como braços fortes se entrelaçam!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MOMENTOS FELIZES!

GRACINDA CALADO
Aproveitando o feriado, arrumei minha sacola e fui rumo ao meu passado.
Dizem que quando estamos tristes e vazios, devemos voltar à terra que nos viu nascer.
Foi o que fiz. Meu coração batia loucamente durante a viagem. Tudo era tão familiar, tão bonito! Finalmente cheguei ao meu destino.
A imagem de minha mãe me acompanhava em todos os meus passos.
Entro na rua que dá para a nossa antiga chácara, onde momentos felizes vivi com meus pais e meus irmãos, quando criança e adolescente.
Passo em frente ao colégio onde estudei, Colégio Maria Auxiliadora das irmãs salesianas.
Há poucos passos encontro meu chão, minhas raízes estão lá! Olho aquele chão onde em noites de luar parecia uma grande lagoa azul dos contos de fadas. Sinto o cheiro das flores e das rosas que minha mãe cultivava. Lá estava a pitombeira, a mesma velha árvore dos meus dias de felicidades, quando eu puxava seus galhos pesados de frutas pequeninas e doces!
Entro na antiga casa sinto cheiro de minha mãe, que perfumava tudo que pegava. Seu perfume tinha o aroma dos bougarys, das violetas e dos jasmins branquinhos.
Lembrei-me de suas rosas “la france”, tão lindas e tão cheias de espinhos! Seus perfumes embriagavam, principalmente nas noites de primavera.
Vou a cozinha não vejo aquilo que nos atraía na hora do almoço: uma grande terrina de bacalhau português regado com bastante azeite para fazer o gosto de meu pai.
Que saudades! Saudades dos momentos de “serões” na varanda, onde meu pai contava histórias e a gente logo dormia.
Meu peito estava para explodir, preferí sair um pouco para respirar.
O ar daquele lugar não é igual a outro qualquer! É puro, perfumado tem muito oxigênio, pois tem muitas árvores!Ouço o barulho do rio que corre sem parar...
Sinto cheiro de mato fresco, de pardais, de frutas frescas, de sol e de cajá.
Cada vez mais me envolvo no passado distante e peço a Deus para me dar muita saúde para eu sempre voltar ao meu torrão natal!
Não vejo mais minha mãezinha, nem meu pai, eles já se foram! Para sempre.!
Que saudades da minha linda cidade Baturité!
Sei que ainda morrerei de saudades!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

TARDE FRIA

 (Memórias de Baturité)


Gracinda Calado

A tarde ia caindo, e o dia despedia-se da terra!
Um vento frio prenunciava uma noite fresca nos rincões da serra e a serração estendia-se por sobre os montes verdes, floridos, e chegava ao sopé da cordilheira.
Na cidade as luzes eram acesas anunciando que a noite chegara cedo.
Nas praças e jardins as pessoas se encontravam, passeavam pra lá e pra cá!
Muitas vezes era necessário um bom agasalho para amenizar o frio. Algumas gostavam daquela temperatura amena que preparava a todos para um sono tranqüilo. Aos poucos a rua ia ficando mais calma, não se ouvia grandes ruídos.
Nas caladas da noite, às vezes, só ouvíamos os latidos dos cães ou o pio das corujas agasalhando seus filhotes.
Nas ruas cheias de sombras dos benjamins que enfeitavam a cidade, passávamos em paz, enquanto o vento urgia nas folhagens verdes das árvores trazendo de longe o perfume das flores do campo e dos jasmins.
A noite era clara, mas o frio em nossa pele convidava-nos ao aconchego das cobertas. As luzes das casas já se apagavam lentamente, e dentro de alguns lares sentia-se o cheiro do café que era tomado para esquentar o frio.
Tudo isso nos lembra nossa terra, quando éramos pequenos e sentíamos a cor e o perfume da natureza que se derramava toda para nos beneficiar com sua beleza! Nos jardins as flores orvalhadas desabrochavam exibindo sua magia natural. Os bichinhos e as borboletas iam ao encontro da luz e fugiam do escuro para beijar outras flores...
Felizes somos nós que sorvemos desses sabores naturais e sabemos o que é bom e verdadeiro em nossas vidas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A DANÇA DAS BORBOLETAS (MEMÓRIAS DE BATURITÉ)

Gracinda Calado

Uma borboleta chegou muito faceira, invadiu o jardim e ficou.
Dançou e rodopiou na roseira.

Chegou assim de repente, sem pedir licença a ninguém.

Fez festa nas flores, sugou o mel de todas elas e dançou.

Chegaram outras borboletas...

Na dança das borboletas eu sonhei.

Na dança das borboletas eu imaginei você sorrindo...

Na dança das borboletas o seu amor era lindo!

Lindo, colorido de mil cores sem igual.

A borboleta faceira era azul me entreguei;

A borboleta vermelha era bailarina, dancei.

As cores rosadas eram das borboletas elegantes, não competi.

A borboleta amarela era a mais singela, atrativa e sensual...

No meu sonho eu era a borboleta lilás, agressiva, poderosa sem igual.

Você fazia parte do meu sonho, das minhas cores e da minha vida.

Você era a roseira preferida de todas as borboletas do jardim!

sábado, 3 de setembro de 2011

ESTAÇÃO DAS FLORES


(Gracinda Calado)
Quando chega a primavera, vamos correndo em busca das flores. Vamos em busca de suas cores. Flores brancas, vermelhas, amarelas, lilases, roxas, cor de rosas, azuis, flores vivas, orvalhadas, perfumadas, botões de flores esperando pelo sol para sorrir.

Na natureza tudo é festa na primavera! Os jardins inspiram amores, e as flores soltam beijos multicores.

Quando nascem as flores, os corações sorriem de prazer. Em cada coração vive uma canção. Flores vermelhas são paixões alucinadas, encarnadas, cor de sangue e de “sofrer.”

Flores amarelas, singelas, perfumadas, orvalhadas, são sinais de fertilidade e de amor.

Flores roxas, são sofridas, coloridas, são paixões recolhidas, são amores mal vividos, são “morrer”. Flores azuis, da cor do céu, são as graças de Maria nossa mãe, são rezas, milagres, são orações. Flores cor de rosas, mimosas, ardorosas, cuidadosas, são viçosas.

Flores brancas, são lindas, são de paz, jamais se confundem com nenhuma outra flor. Quando tudo floresce vamos correndo buscá-las, são flores que os olham jamais sonharam em vê-las.

Quando chegam as flores chegam também os amores, cantando numa canção e o mundo gira e tudo renasce trazendo paz para o coração!

Quando tudo isto acontece, cantamos de emoção, louvamos de alegria, ao universo e a criação!

ESTAÇÃO DAS FLORES!


(Gracinda Calado
Quando chega a primavera, vamos correndo em busca das flores. Vamos em busca de suas cores. Flores brancas, vermelhas, amarelas, lilases, roxas, cor de rosas, azuis, flores vivas, orvalhadas, perfumadas, botões de flores esperando pelo sol para sorrir.

Na natureza tudo é festa na primavera! Os jardins inspiram amores, e as flores soltam beijos multicores.

Quando nascem as flores, os corações sorriem de prazer. Em cada coração vive uma canção. Flores vermelhas são paixões alucinadas, encarnadas, cor de sangue e de “sofrer.”

Flores amarelas, singelas, perfumadas, orvalhadas, são sinais de fertilidade e de amor.

Flores roxas, são sofridas, coloridas, são paixões recolhidas, são amores mal vividos, são “morrer”. Flores azuis, da cor do céu, são as graças de Maria nossa mãe, são rezas, milagres, são orações. Flores cor de rosas, mimosas, ardorosas, cuidadosas, são viçosas.

Flores brancas, são lindas, são de paz, jamais se confundem com nenhuma outra flor. Quando tudo floresce vamos correndo buscá-las, são flores que os olham jamais sonharam em vê-las.

Quando chegam as flores chegam também os amores, cantando numa canção e o mundo gira e tudo renasce trazendo paz para o coração!

Quando tudo isto acontece, cantamos de emoção, louvamos de alegria, ao universo e a criação!