DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

sábado, 16 de julho de 2011

HOMENAGEM A MEU PAI: FARAÓ CALADO

GRACINDA CALADO


Em 1941 ELE chegou a Baturité, precisamente no dia 2 de Janeiro.

Para lá fora convocado para desempenhar a função de delegado da junta de alistamento militar.

Viajaram de trem, ele, sua companheira e os filhos do primeiro casamento.

A máquina que carinhosamente chamavam de “Maria fumaça’ arrastava-se pelas curvas em caracóis da serra de Itapaí,

Deixava todos deslumbrados.

O verde dos montes em degradê prenunciava uma visão monumental da região a desbravar.

Meu pai chegou a Baturité e teve uma acolhida hospitaleira principalmente do povo e das autoridades do lugar.

Encantado pelo clima, o perfume das flores, o verde das serranias, o cheiro da fruta do café maduro, o gosto da água, SENTIA  SAUDADES DE SUA TERRA GARANHNS-PE.

Foi logo se apaixonando por tudo da cidade.

Amor á primeira vista! Amou tanto aquela cidade que se dizia baturiteense de coração.

Fez muitas amizades e de lá vieram ao mundo seus nove filhos.

Sua casa ficava às margens do rio Paco ti, antiga chácara de Luiz Punciono de Oliveira.

O lugar era agradável e muito tranqüilo, rodeado de jardins e um lindo pomar.

Era uma casa grande antiga, mas aconchegante.

Em volta da casa muitas trepadeiras e perfumosos jasmins.

As acácias contornavam o lugar. O jardim era cuidado com muito zelo por minha mãe.

Á noite exalava um suave odor de rosas e bugaris.

Papai traçou sua vida estruturada na vergonha e na honestidade.

Homem puro, enérgico e seguro em suas decisões. Cheio de amor pelos seus, amigo de todas as horas.

Fiel às suas amizades não as decepcionava.

Percorreu palma a palmo sua trajetória, aquela que havia traçado em tempo de vida militar, cuja farda respeitava e honrava.

Em Baturité assumiu o dever de defender a pátria e orientar os jovens no serviço militar ou na vida cotidiana.

Amou a vida e amou a própria morte, pois a recebeu com muita coragem e firmeza.

Receba meu pai querido a homenagem de sua filha que não lhe esquece e que ainda lhe ama muito.




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