DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

sábado, 4 de junho de 2011

DO FUNDO DO BAÚ (MEMÓRIAS DE MINHA TERRA)

Gracinda Calado

Abrindo um álbum de família, revivi momentos da minha vida como se eles acontecessem hoje.

A primeira foto tinha como fundo um recanto de minha cidade natal, Baturité, onde vivenciei com meus pais e meus irmãos os melhores momentos de toda a minha vida. Não sabia o que era sofrimento, dissabores nem tristezas.

O recanto era aprazível, no alto da serra de Baturité, coberto pelo verde matizado das árvores que se estendem em camadas pelas colinas deixando um perfume que a gente nunca esquece.

Passo a folha e vejo a foto de meus pais. Minha mãe segurando a mão de meu pai como se pedisse apoio. Era assim, sempre foi em toda a sua vida. A força de meu pai estava em todos os seus poros, em sua voz, nos seus passos, nas suas decisões...

Minha mãe, frágil, dedicada aos filhos sempre criando novidades para eles.

Olhando seu perfil vejo claramente sua humildade, simplicidade e pureza em seu olhar.

Agora correm lágrimas de meus olhos quando penso neles, que já se foram pra Deus, deixaram um rastro de bondade e de amor para todos nós.
NOSSA CASA

De repente a foto nossa casa.

Lembrei-me do ninho de nosso amor, onde passei minha infância e minha adolescência.

Era uma casa grande encravada em cima de uma grande pedreira, cercada de árvores por todos os lados, no fundo um simpático riacho onde brincávamos sem medos.

As noites eram frias, serenas e calmas. As manhãs eram alegres e cheias de novidades no pomar:

O leite mugido, as frutas fresquinhas, os ovos no galinheiro e no quintal muitas galinhas.

À noite fazíamos brincadeiras de rodas, cantávamos e íamos dormir depois do ultimo lanche com um bom prato de coalhada. Nossos sonhos eram maravilhosos e tranqüilos.

Do alpendre avistávamos o rio que corria entre as pedras, e em dias de cheias devorava tudo que estivesse em sua frente. Do quintal assistíamos o vai e vem das lavadeiras no ofício do dia a dia. Pelas manhãs os pássaros vinham cantar na janela do meu quarto deixando uma calma muito grande em nosso coração.

Cedinho éramos, eu e meus irmãos, acordados para o café matinal e em seguida seguíamos para o colégio Nossa Senhora Auxiliadora e os meninos, colégio Dom Bosco.

O ar da manhã dava-nos ânimo para caminharmos a pé sem reclamar o cansaço.

Depois das aulas, voltávamos contentes e brincando pelos caminhos para casa.

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