DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

MEU PRESÉPIO DE NATAL!

Gracinda Calado


A manjedoura foi feita de laços de amizade. Ao seu redor muitas flores de paixão e rosas do coração! Forrei a caminha com cetim azul anil, da cor do manto de Maria.

Enfeitei os quatro cantos por onde os reis magos iriam passar e a Jesus adorar, com palmas verdes da esperança de um mundo inteiro melhor!

Perfumei todo o lugar com jasmins, orquídeas, rosas brancas e vermelhas, as cores da caridade e do amor, incensos de alecrim, alfazemas, como o amor de Maria.

Coloquei um lindo tapete de pétalas vermelhas, da cor do sangue de Jesus, que mais tarde derramaria na cruz!

São José, Nossa Senhora, lado a lados do presépio esperando a criancinha que logo nasceria, e anunciaria ao mundo inteiro o Evangelho verdadeiro!

Uma luz, igual a uma estrela branca reluzente, transparente, coloquei em cima da gruta iluminando a todos os que esperavam Jesus!

À meia noite ou noite e meia, o menino chorou na manjedoura, estava toda enfeitada e iluminada. Nessa hora os anjos de papel que eu fiz, criaram vida e cantaram para o nosso Salvador: Jesus, o Filho querido de Deus!

Todos os homens O veneram, o mundo se ajoelhou, agora na manjedoura, o divino Menino nasceu!

Aos poucos tudo se transformou em verdade desde o seu nascimento: O Filho que Deus nos deu de corpo e alma como nós, é nosso irmão, nosso pulsar do coração, a nossa salvação!

sábado, 20 de novembro de 2010

DOCE BALANÇO DE AMOR!


Gracinda Calado

As ruas, as paisagens, o chão molhado de orvalho , os roseirais, as samambaias penduradas nos terraços, as janelas abertas o dia todo, são características da minha cidade.

À noite cadeiras nas calçadas com ar de fraternidade, amizade, socialização. Suas ruas, seus casarões seculares, suas ladeiras em curvas, flores miúdas à beira dos caminhos, riachos que cantam em todos os lugares!

Assim é minha cidade! Uma saudade! Sempre levando a gente, nas coisas pequenas, simples, nos inspirando amores, enchendo nossos corações de lembranças: de uma linda mangueira, uma rua onde brincamos quando criança, um pomar, uma estação de trem, uma igreja, uma roda gigante, campo de futebol, um banho de rio, um passeio de bicicleta, os amigos, um sorriso largo!

Quando penso em minha gente, me vejo naquele coreto da praça ornamentado de flores e florais e de benjamins. Sinto-me sentada nos bancos da pracinha com os amigos, namorados, esperando o sol se por, ou a lua chegar. No colégio, as colegas de classe, as brincadeiras, jogos de bola ou de pedras, pula corda, ou balanços ingênuos, brinquedos sem pretensões!

Saudades das novenas, das missas, dos desfiles na semana da pátria, dos carnavais, das festas juninas e sabe Deus o que mais penso que me dá saudades!

É preciso ir na minha cidade para novamente sentir o seu cheiro, o seu sabor, o seu tempero, o seu calor, sua música, seu jeito de mulher madura!

Mulher de fé, cheia de mistérios e pudores, é minha cidade chamada Baturité!



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O TREM DA MINHA VIDA


 
Gracinda Calado



O trem vai subindo o monte e com ele o destino de dezenas de pessoas.

Corta estradas, passa rios e riachos, sobe ladeiras e desliza nos vales verdes das colinas.

Dentro dele meu coração adormece lembrando o tempo das primaveras.



Pela janela, passa boi, passa boiada, passa lagos e rios.

Os campos ficam mais verdes, ficam amarelos e às vezes ficam queimados.

A natureza vai mostrando sua cara nos arvoredos que passam ligeiros e nas copas dos coqueiros, que teimam em subir aos céus.



O cheiro de mato no ar, deixa meu corpo todo queimar de saudades do tempo da minha infância.

Na janela o vento passa ligeiro e assanha meus cabelos, como fazia antigamente.

No balanço do trem, divago e canto uma canção de amor, como se quisesse o tempo parar.



Meus olhos choram as lágrimas que eu deixei de chorar, quando me lembro de tua imagem linda. As lembranças da mocidade levam-me ao passado distante, arrasta ilusões e mata esperanças em meu coração.



Lá vai o trem da minha vida levando o que sobrou de mim.

Este trem tem tristeza, este trem tem saudades e decepções, fantasias guardadas e tristes recordações.

O trem da minha vida não tem volta, segue seu curso, segue feliz!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CANTARES DA NATUREZA!



Gracinda Calado



Os cantares eram alegres alvissareiros!

Ao cair da tarde era romântico ver as andorinhas procurando os ninhos na torre para aquecer seus filhotes.

Como eram lindos os pintassilgos nos gorjeios matinais despertando os corações juvenis.

As rolinhas pulavam na grama verde à procura de sementes maduras.

No ar um gostoso mistério da natureza impulsionava as aves do quintal com seus cocoricós, avisando que puseram ovos fresquinhos e mais tarde se transformariam em lindos pintinhos, enfeitavam a paisagem sertaneja.

Momentos de grande beleza era a vida ao ar livre rodeada de encantos e de flores às margens dos caminhos por onde passavam os apreciadores da natureza.

Quando a chuva fina chegava, era como um banho que lavava a alma, com a água pura, transparente, que escorria nos corpos, tirando todas as impurezas da carne.

De repente o sol aparecia e mais luz e sinfonia de cores se manifestavam em toda a natureza inflada de beleza.

O cheiro de frutas no ar refrescava a paisagem que se apresentava gloriosa!

Flores, mil flores, desfilavam aos nossos olhos admirados pela variedade de cores e de perfumes que tinham os roseirais.

Nos ninhos, pequenas cabeças se ‘buliam’, renascendo entre gravetos os futuros pássaros que mais tarde inquietariam os amantes do silêncio.

Os cantares da natureza, são como ecos em nossa alma, que nos acompanham em toda a nossa existência e se juntam a outros cantares que durante toda a nossa vida fizeram parte de nós e fazem ainda a nossa história.















segunda-feira, 1 de novembro de 2010

UM DIA DESSES CHORAREI!

                                                          ESTAÇÃO DE TRENS



Gracinda Calado



Chorarei de saudades ou de alegria,

Chorarei se você for embora,

Chorarei na sua despedida,

Na hora da demora da partida.



Minhas lágrimas lavarão meu rosto,

Minha voz apagará meu sorriso,

E as lembranças do teu triste adeus!



Um dia desses eu chorarei,

Ficarei feliz apenas com o retrato,

A fotografia que tiramos juntos,





Um dia desses eu chorarei,


Sei que nunca mais verei os olhos teus

Nem tua voz suave me dizendo adeus!