DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

terça-feira, 19 de agosto de 2008


COISAS DA MINHA TERRA
( Carnavais )
Gracinda Calado
Há muito tempo o carnaval deixou de ser uma festa familiar.
Na minha cidade festejava-se o carnaval como uma brincadeira familiar.
Os “corsos” eram preparados com antecedência por cada família.
Nos carros abertos crianças se vestiam de pierrô e colombina, de palhaços e marinheiros e desfilavam pelas ruas enfeitadas da cidade. Geralmente às 16:00, para que todos apreciassem a alegria momina.
Os adultos se vestiam de fantasias de seda de piratas, de reis e de rainhas. Lindas fantasias desfilavam pelas ruas em carro aberto jogando confetes e serpentinas, juntamente com o rei momo da cidade, levando nas mãos a chave da cidade.
Nos clubes da cidade as crianças dançavam com os pais, nas vesperais de domingo.
Á noite nos mesmos clubes, os adultos cantavam e dançavam lindos frevos e canções.
Os “cordões” se enfeitavam e desfilavam nos salões cantando marchinhas de carnavais passados.As músicas mais tocadas eram: Jardineira, Zé Pereira, Máscara negra, Mal-me-quer, Vassourinhas, As águas vão rolar, Me dá um dinheiro aí, A turma do funil e tantas outras que deixaram saudades!
A brincadeira era tão pura que brincavam todos de mãos dadas, fazendo rodas ou marcando passos de frevos no salão.O uso do cloretil era permitido, pois só perfumava os salões.
A banda do conhecido mestre Permínio era quem animava as festas, durante os três dias de folias. Em frente ao clube principal da cidade- BAC ( Baturité Atlético Clube) os apreciadores de festas de salão ficavam olhando do lado de fora na rua, que o povo chamava de “sereno”.
As fantasias eram simples, criativas, e bem elaboradas para aqueles dias: arlequim, pierrô, colombina, baiana, índio, árabe e tantas outras...
Quando o sol raiava a festa acabava.Os salões ficavam todos cheios de confetes e serpentinas.A festa acabava, mas não acabava a alegria da gente.
Quando chegava quarta feira era só saudades e nada mais!

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