DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

COISAS DA MINHA TERRA / AS FEIRAS LIVRES)

COISAS DA MINHA TERRA
( FEIRAS LIVRES)

Gracinda Calado)

As feiras de Baturité, minha cidade natal, são realizadas aos sábados.
Desde pequena conheço essas feiras que abastecem todo povo da região do Maciço.
O movimento começa na madrugada quando os comboios se arrastam descendo a serra levando frutas, verduras, galinhas, produtos dos mais variados tipos para vender na feira.
O estacionamento fica na praça Santa Luzia, de um lado para animais do outro para caminhões e caminhonetes. Nas suas bagagens os lavradores trazem os produtos de suas lavouras como, verduras e frutas fresquinhas que são cultivadas sem agrotóxicos.
Os caminhões trazem as cargas mais pesadas como rapaduras, jacas, melancias, objetos de madeira e barro, assim como as frutas em milheiros: bananas, laranjas etc. Até flores são negociadas na feira. Os produtores locais e das proximidades da cidade levam suas confecções caseiras como roupas, chinelos, bonés, sapatos, enfeites de cerâmica etc.
Em Baturité existe desde muito tempo, já passando de pais para filhos a industria de cestos de vime e confecção de utensílios de barro, todos são vendidos nas feiras do sábado.
Esse costume dá emprego a muita gente que está desocupada; no mercado central da cidade as mulheres vendem comidas e salgadinhos, sanduíches, pães, doces e bolos.
Quem vai a Baturité não deixa de conhecer suas feiras, pois além de pechinchar um preço bom tem produtos de qualidades.
Nas feiras encontramos ainda pássaros em gaiolas ( não é permitido) peixes em aquários, aves para o abate, como galinhas, perus, patos, capotes, e até avestruz.
Em dia de feira a cidade fica muito movimentada e a praça parece dia de festa.
Em todos os cantos se ouve os gritos dos vendedores chamando a atenção dos fregueses.
Quando eu morava em Baturité gostava muito dessas feiras. Às vezes me pego lembrando das panelas de barro, potes, alguidares, da Julieta Serafim; dos milhos e feijoões verdes nas semanas santas, das pupunhas na época de férias ( que tem na serra, de origem do Amazonas). Não posso esquecer das uvas em cestinhas de vime e dos pés de moleques gostosos na época de São João.
Na minha terra tem dessas coisas! A gente fica com saudades das coisas mais simples que por muito tempo fizeram parte do nosso dia a dia.

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